Relativamente à dificuldade de escoar gado vivo e carne da Graciosa, cuja reportagem foi emitida ontem na RTP Açores e Antena 1, sendo também publicada aqui, no "Graciosa Online, com críticas da Associação de Agricultores da Ilha Graciosa, o Sindicato dos Trabalhadores Portuários do Grupo Central e Ocidental dos Açores
garante que não podem ser assacadas quaisquer responsabilidades aos trabalhadores, porque há pelo menos 26 anos não houve qualquer paragem nos portos dos Açores, devido a greve de estivadores da Região Autónoma dos Açores. 

A referência à estiva surgiu durante a entrevista ao representante dos lavradores graciosenses, excerto que não foi emitido, porque são criticas que consideramos ofensivas para a classe e para o sindicato. 

COMUNICADO DA GS LINES 

Entetanto, a empresa GS Lines, antiga "Boxlines", emitiu um comunicado a explicar que no passado dia 16 de março o navio de contentores, apesar das tentativas, foi obrigado a cancelar a escala prevista para a Graciosa, por não estarem reunidas as condições de segurança devido ao mau tempo.

Na semana seguinte, informa também a GS Lines, não foi possivel embarcar animais vivos pelo mesmo motivo. 

Quanto à escala prevista para esta semana, a empresa refere que o atraso deve-se à chegada tardia do navio aos Açores devido ao mau tempo e à indisponibilidade de trabalho portário na sexta e domingo de páscoa.

Assim, de acordo com a GS Lines, a escala será realizada no dia 18 de abril. 

 

REFORMA DO TRANSPORTE MARÍTIMO 

O Presidente do Governo Regional também reagiu a esta situação lesiva para a lavoura graciosense. 

José Manuel Bolieiro garante que o executivo já está a intervir para apoiar os agricultores da Graciosa, na alimentação do gado que teve de aguardar o abate no matadouro. 

Contudo, o Presidente do Governo acrescentou que não basta minimizar o problema, defendendo que é necessário uma "reforma" do transporte marítimo para resolver "esta frequente situação de transtorno em algumas ilhas". 

"O nosso sistema de cabotagem insular precisa de ser revisitado para ser mais eficaz", afirmou o Presidente do Governo dos Açores.