“Sem rei nem roque”

José Ávila e Manuel José Ramos realçaram que, neste momento, a situação já está “insustentável”, porque “não há gestão do espaço, não existem regras e o caos está instalado”. 

Os deputados socialistas da Graciosa realçaram que existem embarcações de outras ilhas que estão a ocupar o pouco espaço que resta no espelho de água daquele porto, não deixando “qualquer possibilidade de alagem para as embarcações locais”, que “têm sido mudadas sem qualquer controlo nem autorização dos seus proprietários”. 

José Ávila e Manuel José Ramos destacaram que naquele porto já se encontram “cinco embarcações de grande porte”, havendo já notícias de que “virão mais e com a autorização da Direção Regional das Pescas (DRP)” que, mais uma vez, parece “não ter ouvido os armadores locais”.
Os parlamentares do PS sublinharam que estas embarcações fazem “grandes descargas na lota local”, o que “baixa os preços e dificulta a exportação”. 

“O peixe da Graciosa é muito valorizado porque é pescado de modo sustentável, por linha de mão, e é enviado para o mercado muito pouco tempo depois da sua captura. O problema é que estas embarcações de maior porte, autorizadas pela DRP, têm pescado nos mares da Graciosa, com palangre de fundo e dentro das três milhas, estando a criar problemas junto dos pescadores Graciosenses que tentaram, desde há muito, preservar os recursos com técnicas de pesca mais sustentáveis e que estão a ver os recursos delapidados de uma forma assustadora”. 

José Ávila e Manuel José Ramos denunciaram ainda que, para além de toda esta situação, já há entre os pescadores Graciosenses “medo de represálias”, o que “não deveria ocorrer num regime democrático”.
“Existe um responsável por toda esta situação e essa responsabilidade cabe ao Governo Regional, que é a entidade que tem por missão por ordem naquele porto e defender os interesses dos pescadores locais”, sublinharam os deputados do PS eleitos pela ilha Graciosa, José Ávila e Manuel José Ramos.

Fonte: PS Açores