A tempestade política formou-se no meio do Atlântico e passou a furacão ao chegar ao continente.
O PSD deu um passo que a direita democrática na Europa tem resistido a dar, que é fazer um acordo com partidos de extrema-direita xenófoba.
Está escrito, é para durar quatro anos e tem quatro compromissos: reduzir a atribuição de subsídios nos Açores, criar um gabinete de luta contra a corrupção, reforçar a autonomia e reduzir o número de deputados na região.
Mas o acordo regional tem, também, efeitos no continente, o CHEGA diz ter garantias do PSD de que a proposta de revisão constistucional que os sociais-democratas querem apresentar até ao fim da legislatura, incluirá uma redução dos deputados e uma reforma do sistema judicial.
Miguel Poiares Maduro e José Eduardo Martins estão entre os subscritores de um texto em que se defende que "o espaço do centro-direita e da direita portuguesa não é o do extremismo, seja esse extremismo convicto ou oportunista".
O documento junta 54 nomes. Da música, da literatura e da política, estão lá Adolfo Mesquita Nunes e Ana Rita Bessa, do CDS.
À esquerda, todos dizem o mesmo, em comunicado, o PS acusa o atual PSD de ser "capaz de "vender a alma ao diabo".
Uma tempestade política formada nos Açores e ainda sem sinais de bom tempo.