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Este conteúdo fez parte do "Blogue Comunidades", que se encontra descontinuado. A publicação é da responsabilidade dos seus autores.
Imagem de A Emergência da Mulher: Re-Visões Literárias sobre a Açorianidade – Irene de Amaral
Comunidades 06 fev, 2015, 18:22

A Emergência da Mulher: Re-Visões Literárias sobre a Açorianidade – Irene de Amaral




 A Emergência da Mulher: Re-Visões Literárias sobre a Açorianidade. Lisboa: Chiado Editora, 2014. ISBN 978-989-51-1490-0   

     A defesa de um livro pela sua autora vem à partida manchada por uma perceção cultural bem açoriana de que a defesa própria ou a promoção pessoal não são de bom tom. Esses valores, subjacentes aos processos de formação dos diferentes sectores da nossa sociedade, têm minado com falsas humildades os momentos de discussão e de questionamento das ideias que têm vindo a liderar a vida nas Ilhas; pelo que, é noutra linha de afirmação da pertinência da reflexão que o texto escrito pela mulher, sobre a figuração da mulher na escrita das Ilhas se afirma. 
      Em 1975, Hélène Cixous lança esse repto às que sempre têm vindo de fora, mulheres: 
     
     “Elles reviennent de loin: de toujours: du ‘dehors,’ des landes où se maintiennent en vie les sorcières; d’en dessous, en deçà de la culture;’ de leurs enfances qu’ils ont tant de mal à leur faire oublier, qu’ils condamnent à l’in pace. Emmurées les petites filles aux corps ‘mal élevées.’ Conservées, intactes d’elles-mêmes, dans la glace. Frigidifiées.” (Le Rire de la Méduse et Autres Ironies 40-41)   
     E é bem verdade que “O Riso da Medusa” de Cixous é assumido como um um texto muito pertinente para se discutir o caráter ensaístico desta Emergência da Mulher, apresentada em três localidades: Lisboa, Ponta Delgada e Povoação, entre 4 e 9 de janeiro; sendo que me acompanharam em Lisboa os escritores Teolinda Gersão e Rui Zink, e em em Ponta Delgada, a escritora Ângela Almeida.   
Índice Prefácio -11
Introdução -15
Capítulo I:
Açorianidade e Autoridade – 27
1. A Literatura das Ilhas no Processo de Definição da Especificidade Açoriana – 37
2. Outras Vozes da Discussão acerca da Literatura Açoriana – 43
3. Uma Abordagem à Literatura Açoriana pelo Meio da Mulher -47
3.1. A Sereia ou a Alma Feminina dos Açores -59
3.2. A Negociação do Valor da Mulher na Comunidade -65
Capítulo II:
Açorianidade e Figuração do Feminino: Uma Dupla Condição Animal -.71
1. O Mito Açoriano ou a Constatação de uma Natureza Animal -73
2. A Contiguidade entre Seres Humanos e Animais nos Açores -79
2.1. Uma Vida Animal para Se Dizer o Mal Estar -85
2.2 Tornar-se Pombo ou Pomba para Se Ser Cão ou Cadela -91
2.3. Para o Discurso da Alegria -101
Capítulo III:
Para uma Arqueologia da Mulher na Ficção de Vitorino Nemésio -117
1. O Posicionamento da Mulher no Meio dos Homens -119
2. A Mulher no Pensamento de Vitorino Nemésio -127
2.1. Homens entre Muros -137
2.2 Mulheres atrás de Muros -145
2.3 Mulheres à margem do Muro- 159
Capítulo IV:
De Volta às Margaridas do Universo Açoriano de Vitorino Nemésio – 171
1. A Excecionalidade de Um Nome – 173
2. A propósito de Margarida na Escrita de Autores Açorianos -183
3. A Negociação entre Uma Família ou Um Eu – 191
3.1. Antes de Se dizer Eu-Margarida -195
3.2. O Direito a Ser Margarida -203 Conclusão -227 Notas -233
Referências Bibliográficas -249              

O índice é uma das partes que revisito quando tenho de falar deste livro. Aí estão concentrados todos os meus argumentos. Este é um ensaio que tem no índice o seu cartão de identidade e a sua genealogia: a pesquisa de arquivos açorianos lado a lado com a teoria dos estudos culturais. A carreira em espiral de tudo o que conduziu a esta obra resultou do fazer sentido que emerge dos conhecimentos adquiridos e procurados durante o tempo em que se sobrepõem o crescimento pessoal e o amadurecimento do regíme autonómico dos Açores, passando pelo currículo da licenciatura na Universidade dos Açores nos anos 80 que me permitiu ainda aprofundar o conhecimentos dos textos açorianos e conhecer alguns dos críticos que estão muito presentes neste livro. Recordo o saudoso Professor José Martins Garcia ou os momentos de intensa partilha do Professor Machado Pires e da Professora Margarida Maia Gouveia. Mas é ao nível da pós-graduação nos Estados Unidos que vou conhecer a flor de sal que me permitiu ensaiar um olhar comparatista e feminista sobre a figuração da mulher na escrita açoriana. Porque, as mulheres, somos pelo menos metade da sociedade das Ilhas, porque dominam as avaliações masculinas sobre as figuras femininas da cultura açoriana, e também porque existem menos vozes femininas a fazerem crítica literária e cultural nos Açores.
      Há teóricos e teóricas que iluminam este ensaio: Hélène Cixous, Luce Irigaray, Jacques Derrida, Roland Barthes, Michel Foucault, Deleuze e Guattari, Rosi Braidotti. O livro está aí para ser lido e questionado. Não me quero alongar nesta lista que esquece outros nomes. Por outro lado, foi, de facto, o chamamento do intervalar e do silenciado, do questionamento à ordem falocêntrica, que me levou à abordagem dignificadora de um texto como  Amores da Cadela Pura de Margarida Victória, em diálogo com o Caderno de Caligrafia e Outros Poemas a Marga de Vitorino Nemésio (com um muito obrigada ao Professor Luís Fagundes Duarte pelo seu trabalho de edição do Caderno).

Irene de Amaral
New Bedford, Massachusetts: 5 de fevereiro de 2015  
Irene de Amaral nasceu em New Bedford, Massachusetts, Estados Unidos. Concluiu o curso de ensino secundário na Escola Secundária de Antero de Quental, em 1984, e em junho de 1989,  a licenciatura em Estudos Portugueses e Franceses na Universidade dos Açores. Entre 1989 e 1999 foi professora de Português e Francês no ensino particular e no ensino público da Região Autónoma dos Açores. Em 1999 regressou aos Estados Unidos, tendo em 2000 terminado o mestrado em Supervisão Pedagógica na Universidade de Aveiro. Em 2011 doutorou-se em Estudos Luso-Afro-Brasileiros na University of Massachusetts-Dartmouth.Na última década tem lecionado língua portuguesa e culturas lusófonas no ensino universitário norte-americano nos estados de Rhode Island, Vermont e Massachusetts.
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