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Imagem de República distingue o escritor João de Melo
Cultura 06 mar, 2019, 12:31

República distingue o escritor João de Melo

O escritor João de Melo recebe no próximo dia 12 a Medalha de Mérito Cultural pelo seu "inestimável trabalho" literário, que tem contribuído para a promoção da língua e cultura portuguesa no estrangeiro, anunciou hoje o Ministério da Cultura.

"Em reconhecimento do inestimável trabalho de uma vida dedicada à produção literária e à escrita, à melhor promoção do nosso País no estrangeiro, tanto da Língua como da identidade cultural portuguesa, ao longo de mais de cinquenta anos, entende o Governo Português prestar pública homenagem ao escritor João de Melo, concedendo-lhe a Medalha de Mérito Cultural", afirma o Ministério da Cultura, numa nota enviada à comunicação social.

A cerimónia de entrega da medalha terá lugar na próxima terça-feira, dia 12 de março, às 15:30, na Sala D. João VI do Palácio Nacional da Ajuda, em Lisboa.

O escritor açoriano, nascido João Manuel de Melo Pacheco, no dia 04 de fevereiro de 1949, em Achadinha, freguesia do concelho do Nordeste, Ilha de São Miguel, mudou-se para o continente aos 11 anos, após terminar o ensino primário.

Frequentou o Seminário dos Dominicanos — onde descobriu o gosto pela leitura e pela escrita da literatura — até 1967, ano a partir do qual ficou a viver em Lisboa, tendo recomeçado os seus estudos liceais ao mesmo tempo que trabalhava na função pública.

João de Melo iniciou, na mesma altura, uma prolongada e diversificada colaboração na imprensa cultural, primeiro no Diário Popular e no Diário de Lisboa (nos quais publicou os primeiros contos aos 18 anos de idade), depois nas revistas literárias Signo, Aresta, Sílex, África, Ler, Vértice, o suplemento Glacial do jornal A União, Colóquio/Letras, Letras ComVida, Suroeste e muitas outras.

A sua produção literária para a imprensa cultural traduziu-se em poesia, contos, crítica literária, ensaios e artigos de opinião.

Em 1970, integrou o exército, tendo cumprido o serviço militar no norte de Angola durante 27 meses e em zona de guerra, com o posto de furriel e a especialidade de enfermeiro.

Essa vivência inspirou algumas das suas ficções, como os romances "A Memória de Ver Matar e Morrer" (1977) e "Autópsia de um Mar de Ruínas" (1984), este último considerado uma obra de referência na literatura portuguesa sobre o tema colonial.

Após a revolução de Abril, trabalhou na vida sindical e revelou novos autores, muitos dos quais consagrados na literatura portuguesa atual.

Publicou o seu primeiro livro de contos, "Histórias da Resistência" em 1975, a que se seguiram ensaios literários e textos críticos, poesia e a Antologia Panorâmica do Conto Açoriano.

Trabalhando e estudando sempre, ingressou em 1976 na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e no curso de Filologia Românica, sendo aí monitor convidado na área da literatura portuguesa e francesa. Concluiu a licenciatura em 1981, com alta classificação.

A partir desse ano, envereda pela carreira docente, que acumula com a produção ensaística e literária e, em 1983, edita aquele que se tornou um dos romances mais lidos, "O Meu Mundo não é Deste Reino", que colocou o seu nome a par da geração dos novos narradores dos anos 1980, com a particularidade de libertar o regionalismo insular para um imaginário suscetível de tomar os Açores por um "lugar de todo o mundo".

Em 1988, "Gente Feliz com Lágrimas", a sua obra mais conhecida, veio em definitivo selar essa dimensão de "universalidade", sendo distinguida com vários prémios literários e adaptada ao teatro e à televisão, em série e telefilme.

Várias outras obras suas foram merecedoras de distinções e foram traduzidos em Espanha, Itália, França, Holanda, Roménia, Bulgária, Estados Unidos, Hungria, Alemanha, Reino Unido, Sérvia, México e Colômbia.

João de Melo desempenhou durante nove anos (2001-2010), o cargo de conselheiro cultural na Embaixada de Portugal em Madrid, Espanha, tendo criado em 2003, na capital espanhola (e depois noutras cidades) a "Mostra Portuguesa".

Foi por sugestão de João de Melo que os Ministérios da Cultura de Portugal e Espanha decidiram criar em 2006 o Prémio Luso-Espanhol de Arte e Cultura, cujo regulamento redigiu.

O escritor foi condecorado com a Ordem de Santiago da Espada, Grau de Cavaleiro (1989), e com a Ordem do Infante Dom Henrique, Grau de Comendador (2015). Recebeu a Medalha de Mérito Cívico da Assembleia Regional dos Açores (2009) e o Diploma de Mérito Municipal do Nordeste (2008). É cidadão honorário deste concelho desde 2014.

Lusa

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