"Está em causa a sobrevivência da empresa e o seu regular funcionamento, sendo fundamental que os agentes políticos e os açorianos conheçam a real situação do grupo SATA", declarou o deputado social-democrata António Vasco Viveiros, citado em comunicado de imprensa.
O grupo SATA, que integra as companhias aéreas SATA Air Açores (que efetua as ligações inter-ilhas) e Azores Airlines (que efetua as ligações para fora do arquipélago), registou prejuízos de 20,84 milhões de euros nos primeiros três meses do ano, de acordo com informações enviadas à Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores, no início de julho.
Entre janeiro e março, a Azores Airlines teve um prejuízo de 16,85 milhões de euros, enquanto a SATA Air Açores registou 3,99 milhões de euros de prejuízo.
No primeiro trimestre de 2018, a companhia que liga os Açores ao exterior tinha verificado prejuízos de 14,5 milhões de euros e a SATA Air Açores um resultado líquido negativo de 708 mil euros.
O grupo SATA havia fechado 2018 com um prejuízo de 53,3 milhões de euros, um agravamento de 12,3 milhões face ao ano de 2017.
Para António Vasco Viveiros, estes números são um dos vários e "preocupantes" fatores que levam o PSD a requerer ao Governo Regional, liderado pelo socialista Vasco Cordeiro, as contas dos primeiros seis meses de 2019, "ainda que provisórias e sujeitas aos necessários ajustamentos".
Segundo o deputado social-democrata, a "urgência em dispor de informação atualizada sobre a situação financeira da empresa" justifica-se com o "grave estado da sua operação".
"Recorde-se que as contas relativas a 2018 atingiram um resultado negativo superior a 50 milhões de euros, mas só no início deste ano já se verifica um agravamento muito significativo, relativamente ao período homólogo de 2018", frisou.
De acordo com António Vasco Viveiros, os resultados do primeiro semestre do grupo SATA "poderão já ser mesmo superiores aos 50 milhões de euros", tendo em conta "as anomalias graves que têm caracterizado a operação da empresa nos últimos meses".