"Essa foi uma opção que percebemos que possam ter discordado mas é uma opção política nossa muito firme e, por isso, nunca se interromperam as viagens de avião para os Açores e para a Madeira, como também não se impediu (viagens) dentro do território continental", declarou hoje Pedro Nuno Santos, ouvido em sede de comissão parlamentar na Assembleia da República.
O ministro respondia a questões do deputado do PSD Paulo Moniz, eleito pelos Açores, e que questionou o executivo sobre o porquê de a TAP nunca ter deixado de voar para as regiões autónomas, ao contrário de outras companhias: nos Açores, por exemplo, a operadora detida pela região, a SATA, deixou de fazer voos de e para o continente, e também a Ryanair abandonou temporariamente ligações com a região.
"Admitindo e percebendo aquela que é a leitura do senhor deputado e a leitura dos governos regionais, a leitura do Governo foi diferente", prosseguiu Pedro Nuno Santos, defendendo que o executivo tinha a "obrigação de garantir a continuidade territorial" de todo o país e afastando esta decisão de outros temas relacionados com ligações aéreas como o subsídio de mobilidade ou um grupo de trabalho implementado para analisar este modelo de apoio aos moradores nas regiões autónomas.
O executivo açoriano anunciou no sábado que os passageiros que chegassem à região deixariam de ser obrigados a ficar 14 dias em confinamento numa unidade hoteleira — medida implementada desde o dia 26 de março, no âmbito do combate à propagação do surto de covid-19 –, depois de o Tribunal de Ponta Delgada ter deferido um pedido de libertação imediata (‘habeas corpus’) feito por um queixoso, que se encontrava em confinamento num hotel na ilha de São Miguel.
Já hoje, ficou a saber-se que a quarentena obrigatória para os passageiros desembarcados na Madeira vai ser eliminada a partir de 01 de julho, passando a vigorar a obrigatoriedade de apresentação ou realização de um teste à covid-19 à chegada, indicou o Governo Regional.