"O PS tinha o dever de afirmar neste parlamento uma alternativa política. Uma alternativa de projeto. Não se pode implorar uma crise política no momento em que se enfrenta uma nova vaga pandémica e uma situação económica internacional cada vez mais instável, quando só tem para oferecer uma mão cheia de nada e outra de coisa nenhuma", declarou o deputado, na Assembleia Regional, na cidade da Horta, no final da discussão do Plano e Orçamento da região para 2022, que será votado na quinta-feira.
O líder parlamentar do PPM/Açores, partido que integra o Governo Regional em coligação com o PSD e o CDS-PP, acusou o PS de "dizer mal de tudo e de todos", o "mesmo que o BE" faz.
"As esperanças do PS estavam inteiramente depositadas no efeito abrasivo das velhas cantigas de escárnio e maldizer? Não. Encomendou o seu destino, veja-se lá, a uma voz do além: André Ventura", declarou Estêvão.
O deputado disse que o PS esperou que o líder nacional do Chega derrubasse o Governo dos Açores, liderado pelo social-democrata José Manuel Bolieiro.
"Como é que acabou tudo? Logicamente, os outros não quiseram fazer o que competia ao PS fazer. Foi a derrota da lei do menor esforço", apontou.
Estêvão disse ainda não querer um PS "enfraquecido e fragmentado", uma vez que o executivo açoriano precisa de uma "oposição forte" para "debater ideias", "competir nos projetos" e "corrigir erros".
Estêvão elogiou ainda o Plano e Orçamento dos Açores para 2022, que contempla "creches gratuitas", atualiza a "carreira dos Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica de Saúde" e "incrementa os apoios às nossas empresas, agricultores e pescadores".