"Vamos propor um aumento na ordem dos 33%, na ordem dos 20 milhões de euros. E temos ainda a questão da seca, que não terminou, e não sabemos ao certo qual o valor necessário" para enfrentar esses prejuízos, realçou Jorge Rita.
O responsável falava aos jornalistas depois de ouvido no Palácio do Governo, em Ponta Delgada, no âmbito do processo de auscultação sobre as antepropostas de Orçamento Regional e de Plano Anual para 2019.
Para a federação, o reforço de 20 milhões de euros é "essencial" para o setor e, mesmo que "se possa concorrer a fundos comunitários", há que ter em conta ajudas para a seca.
Em "meados de outubro", afiançou Jorge Rita, poderá haver já uma quantificação "global e rigorosa" dos prejuízos causados pela seca nos Açores.
O presidente do Governo dos Açores está hoje a receber, no Palácio de Santana, em Ponta Delgada, os parceiros sociais e partidos políticos para a preparação do Plano e Orçamento para 2019, documentos que deverão ser apresentados na Assembleia Legislativa no final de outubro.
Vasco Cordeiro, acompanhado pelo vice-presidente do Governo dos Açores, Sérgio Ávila, recebe de manhã, além da Federação Agrícola dos Açores, a Federação das Pescas dos Açores, a Câmara do Comércio e Indústria dos Açores, as centrais sindicais UGT e CGTP-IN e o PCP.
De tarde, dão-se as audições dos representantes do BE, CDS-PP, PSD e PS.
O PPM informou na semana que não se irá fazer representar nas audições, em protesto com a tomada de posição do Governo Regional em relação à ausência de cozinha e refeitório escolares na escola Mouzinho Silveira, na ilha do Corvo.
A reunião do Conselho Regional de Concertação Estratégica onde serão analisadas as propostas do Plano e Orçamento da Região para o próximo ano terá lugar no final deste mês.
As medidas serão depois submetidas a aprovação em Conselho de Governo e entregues na Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores, onde serão sujeitas a debate e votação em plenário.
O Orçamento dos Açores para 2018 foi aprovado com os votos contra de oposição e é de 1.292 milhões de euros, valor sensivelmente igual ao de 2017, enquanto o Plano de Investimentos global é de 753 milhões de euros, um decréscimo de cerca de 3% face ao de 2017.