Em declarações à agência Lusa, em vésperas da visita estatutária do Governo dos Açores ao Pico, que arranca no domingo, o presidente do Conselho de Ilha, Rui Lima, disse que as reivindicações "manter-se-ão em linha com o memorando apresentado em 2020, incidindo nas questões relacionadas com a saúde, quer nas suas infraestruturas e equipamentos, quer na orgânica, melhoria e aumento das especialidades oferecidas".
Os conselheiros defendem que "deverão também ser aprofundadas as definições em torno do futuro do aeroporto e do porto comercial" da ilha do Pico.
Questionado sobre o que é que necessário fazer de imediato, Rui Lima defende que será de "definir rapidamente os pontos mencionados anteriormente".
"Qualquer decisão implica um espaço temporal na programação e execução, que é desde há muito, incompreensível. O constante atraso e indefinições hipotecam as aspirações da ilha e por conseguinte dos Açores", declara o responsável.
Rui Lima afirma que "as expectativas colocam-se essencialmente nas respostas" às reivindicações apontadas, referindo que gostaria que a diferença do anterior governo socialista para o atual executivo de coligação "fosse a sua definição clara e a sua execução".
"Todo o resto, como a capacidade e dinâmica de trabalho das instituições representadas no Conselho de Ilha, serão pontos a naturalmente serem resolvidos", conclui Rui Lima.
Segundo o Estatuto Político-Administrativo dos Açores, o Governo Regional tem de visitar cada uma das ilhas do arquipélago, sem departamentos governamentais (6), pelo menos uma vez por ano, com a obrigação de reunir o Conselho do Governo na ilha visitada.
Depois da Graciosa e São Jorge, esta é a terceira ilha a ser visitada pelo executivo de coligação PSD-CDS-PPM.
Depois do Pico, onde se manterá até quarta-feira, seguem-se as ilhas das Flores e do Corvo, de 14 e 17 de novembro, sendo que a deslocação a Santa Maria terá lugar entre 29 de novembro e 01 de dezembro.
Estas são as primeiras visitas oficiais do novo executivo açoriano do PSD-CDS-PPM, eleito em outubro de 2020, que esteve impedido de as realizar devido à fase aguda da pandemia da covid-19.
O presidente do Governo Regional dos Açores, José Manuel Bolieiro, pretende um novo modelo de visitas estatutárias "mais ouvinte e cooperante do que inauguracionista".
"Em vez de potenciar o protagonismo do Governo em momentos inauguracionistas, pretendemos a auscultação dos eleitos locais, dos parceiros sociais e forças vivas de cada uma das ilhas", explicou José Manuel Bolieiro aos jornalistas, numa antecipação ao novo formato das visitas estatutárias do executivo.