A proposta de relatório da Comissão de Inquérito concluiu que a origem do incêndio no HDES foi uma avaria numa bateria de condensadores, instalada na galeria técnica do piso 1.
Esta anomalia foi identificada pelos técnicos previamente ao incêndio, reportada ao Conselho de Administração do Hospital de Ponta Delgada, mas não foi corrigida atempadamente.
A Comissão de Inquérito concluiu ainda que a construção do Hospital Modular levanta dúvidas de legalidade e regularidade financeira e que a decisão não foi suportada em estudos técnicos e económico-financeiros.
É o que se lê nas conclusões da proposta final do relatório da Comissão de Inquérito, a que a Lusa teve acesso, e que ainda terá de ser votada pelos deputados.
Inicialmente orçamentado em 12 milhões de euros e com um prazo de execução de 90 dias, o Hospital Modular “acabou por representar uma despesa global associada de, aproximadamente, 40 milhões de euros” e por ter “uma execução material superior a 180 dias”.
O relatório deverá ser remetido ao Tribunal de Contas e ao Ministério Público para os devidos efeitos legais.