
A Federação Agrícola dos Açores não vai aceitar cortes para o setor no Orçamento Regional em 2026.
Se, em anos anteriores, insistiu no aumento da verba para a agricultura, para o próximo ano admite ficar pelos anteriores 78 milhões de euros de investimento mas cortes é que não.
Jorge Rita insiste nos investimentos e lembra que é preciso manter os habituais pagamentos e sanar os que estão em atraso.

Também ouvida neste âmbito foi a reitora da Universidade dos Açores.
A universidade açoriana conseguiu acreditação para uma nova licenciatura em Biotecnologia e para o mestrado integrado em Medicina Veterinária.
Este último só avança se se construir um hospital veterinário no polo de Angra do Heroísmo, que deverá surgir nas antigas instalações do Laboratório Regional de Veterinária.
Para que o projeto avance dentro dos prazos estabelecidos pela agência de acreditação, é preciso fundos, diz a reitora Susana Mira Leal.

Prosseguem as audições do Presidente do Governo aos parceiros sociais no âmbito do Plano e Orçamento da Região para 2026.
As IPPS e Misericórdia estiveram reunidas esta manhã com José Manuel Bolieiro.
A URMA, União das Misericórdias, foi pedir que se continue a investir no setor social e se necessário, a Região deve endividar-se para o fazer.
Bento Barcelos, presidente da URMA, reclama ainda uma posição política da Região junto da República pelo atraso nos pagamentos no financiamento do setor social.

A mesma preocupação foi demonstrada por João Canedo, presidente da URIPSSA, União das Instituições Particulares de Solidariedade Social dos Açores, que acusa a República de discriminar a Região.

Reunidas com o Presidente do Governo no Palácio de Sant’Ana estiveram ainda as centrais sindicais.
A melhoria dos salários, sobretudo no setor privado, é a grande preocupação da UGT/Açores, a primeira entidade a ser ouvida nesta manhã no Palácio de Sant’Ana.
Para Manuel Pavão, líder desta central sindical, os resultados do crescimento económico em setores como o turismo, a construção civil e a banca não estão refletidos no pagamento aos trabalhadores açorianos.

A CGTP também foi ouvida esta terça-feira, o combate à pobreza é a grande preocupação desta central sindical no próximo Plano e Orçamento da Região.
Para Rui Teixeira, coordenador da central da CGTP-IN Açores, há três grandes prioridades que no imediato, o Governo Regional não pode deixar cair, a bem dos trabalhadores e do tecido empresarial.

Piedade Lalanda, a presidente do Conselho Económico e Social, diz que são muitas verbas do PRR para aplicar em pouco tempo já que a execução material desse Plano termina em agosto do próximo ano.
A presidente do CESA teme pela execução de programas sociais como os ‘Novos Idosos’.

A AICOPA também foi ouvida por Bolieiro sobre o Plano e Orçamento Regional 2026 – na execução de grande parte do PRR estão as empresas de construção civil.
Alexandra Bragança, a presidente da AICOPA, reivindicou a regularização dos pagamentos do Governo ao setor para que o grande volume de obras previsto para 2026, a reta final do PRR, possa ser concretizado.