Em causa, a existência de "distorções relevantes" nos documentos contabilísticos apresentado ao Tribunal, relativos a 2016.
Situações explicadas pela administração daquela unidade de saúde, mas que não convenceram os auditores.
Os auditores do Tribunal de Contas estavam a verificar a conta de gerência de 2016, quando se apreceberam, de que os números relatados não batiam certo.
Em causa, estavam incongruências entre saldos, fluxos de caixa e balanços, que não espelhavam a real situação financeira da instituição a 31 de dezembro desse ano.
Uma das operações financeiras que mais terá construbuído para estas divergências, foi a transferência, feita pela Saúdaçor, de 166 mil euros, para as contas da Unidade de Saúde de Ilha de Santa Maria.
Uma transferência destinada ao pagamentos de despesas orçamentais, mas que foi, erradamente registada como operação extraorçamental.
Tal situação, originou uma série de erros contabilísticos que inviabilizam, no entender do Tribunal de Contas, a demonstração numérica das contas, impossibilitando assim, que sejam, homologadas.
Em sede de contraditório, a administrtação da Unidade de Saúde de Santa Maria, presidida por João Paulo Melo, esclareceu que a verba transferida pela Saudaçor, foi contabilizada a 31 de dezembro de 2016, embora só tenha dado entrada no banco, após essa data.
Só que o Tribunal de Contas lembra que já em 2013 o saldo bancário daquela unidade de Saúde não correspondia a situação real, e que já nessa altura, tinha sido formulada uma recomendação sobre o assunto.
Os auditores advertem agora que o não acatamento reiterado e injustificado das recomendações, é suscetível de gerar responsabilidade financeira sancionatória, punível com multa.
O Tribunal de Contas vai por isso, aguardar pelo encerramento das contas deste ano, para verificar se todas as divergências contabilísticas.