"Assumo aqui o compromisso de, no devido tempo, promover uma homenagem pública, com a edificação de um monumento na sede do parlamento, que perpetue no tempo a nossa gratidão a todos os que estiveram envolvidos no combate à pandemia", afirmou.
O presidente do parlamento açoriano justificou a realização daquela homenagem como um "imperativo de cidadania".
O presidente da Assembleia Legislativa Regional realçou que é necessário "continuar a trabalhar no aprofundamento" da autonomia, um processo que "continua a ser consensualizado entre os diversos partidos".
Garcia disse esperar que o processo de aprofundamento da autonomia seja também consensualizado com a Região Autónoma da Madeira.
"Bem sei que estes processos são sempre demorados e difíceis, mas há calendários que devemos cumprir e timings que temos de aproveitar, sob pena de perdermos, mais uma vez, a janela de oportunidade", alertou.
O presidente do parlamento açoriano considerou que os tempos que decorrem são "complexos, estranhos e desafiantes", devido à pandemia da covid-19, a uma "guerra inaceitável na Europa" (o conflito na Ucrânia) e à crise sismovulcânica em São Jorge.
"Responder, ao mesmo tempo, aos efeitos de todas estas problemáticas nas nossas ilhas, famílias, empresas e instituições é uma tarefa gigantesca, que exige tanto de todos nós e da autonomia", assinalou.
E reforçou: "estamos mais frágeis em termos sanitários e económicos. E isso obriga-nos a redefinir prioridades. Desde logo, apoiando os que mais precisam, bem como as nossas empresas, para que se mantenham abertas e garantam os postos de trabalho".
Luís Garcia apelou ainda à reflexão geoestratégica, considerado "imperativo" os Açores "apostarem" na "soberania alimentar" e na "independência energética".
O líder da Assembleia Legislativa alertou ainda para as consequências das alterações climáticas e para o "problema demográfico" que provocou o "despovoamento" de "muitos territórios" açorianos.
"Precisamos de adotar políticas transversais, que invertam esta trajetória e contribuam para a fixação de pessoas nas nossas ilhas, com especial atenção aos jovens e aos mais qualificados", destacou.
O presidente do parlamento dos Açores considerou ainda que a educação é o "desafio central" da região, o "alicerce, do qual depende quase tudo, inclusive o combate à pobreza".