Geoparque Açores em 5 minutos
A conservação geológica, a educação ambiental e o desenvolvimento sustentável do Geoparque Açores.
A conservação geológica, a educação ambiental e o desenvolvimento sustentável do Geoparque Açores.
11 de dezembro - é o Dia Internacional das Montanhas. A decisão foi tomada pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 2002 e a data foi assinalada pela primeira vez no ano seguinte. Incentiva as comunidades a celebrarem as sua Montanhas, organizando eventos que assinalem a importância das montanhas para um futuro mais sustentável e contribuem para a monitorização e gestão de recursos associados às montanhas. Dedicamos, por essa razão, o programa à Montanha do Pico. É o ponto mais alto de Portugal, com 2351 metros, e o maior vulcão poligenético dos Açores uma vez que se eleva cerca de 3500 metros acima dos fundos marinhos. É também o terceiro maior vulcão do Atlântico Norte (a seguir ao Teide nas Canárias e ao Fogo em Cabo Verde). A Montanha é também o vulcão poligenético mais jovem dos Açores (podemos recordar que vulcões poligenéticos são os grandes vulcões, aqueles que se formam ao longo de vários eventos eruptivos espaçados no tempo). A sua formação terá começado há cerca de 200 mil anos e foi caracterizada por centenas de erupções predominantemente efusivas de natureza basáltica que edificaram o cone vulcânico. Possui uma cratera fóssil aos 2050 metros de altitude, esta cratera representa o limite entre a primeira e a segunda fase de construção deste vulcão. A cratera atual localiza-se aos 2250 metros de altitude e foi lá que se implantou o pequeno cone lávico do Piquinho (onde persiste atividade fumarólica) e uma fissura eruptiva, que testemunham a atividade vulcânica recente deste grande vulcão. Os flancos Norte e Este da Montanha estão muito afetados por escorregamentos gravíticos que deram origem a depósitos de vertente como o Areeiro de Sta. Luzia e as Quebradas do Curral, da Terça e do Norte. A Montanha é um geossítio de relevância internacional do Geoparque Açores. Pela sua riqueza natural a Montanha do Pico foi classificada como Reserva Integral em 1972, o que faz dela uma das mais antigas áreas protegidas de Portugal, em 1982 foi reclassificada como Reserva Natural. Está ainda integrada na Zona Especial de Conservação da Montanha do Pico, Prainha e Caveiro no âmbito da Rede Natura 2000. A Paisagem Vulcânica da Ilha do Pico (que inclui a Montanha do Pico) foi eleita uma das 7 Maravilhas Naturais de Portugal, em 2010.
Um dos pilares essenciais de qualquer Geoparque Mundial da UNESCO é a geoconservação. Este conceito traduz-se num conjunto de ações que visam conservar, valorizar e promover o património geológico ? que corresponde ao conjunto de elementos da geodiversidade que apresenta elevado valor científico, pedagógico, cultural ou paisagístico, e que por isso importa preservar. Nos Açores, este património está representado pelos geossítios, sítios com áreas bem definidas, que testemunham a história geológica do arquipélago e são representativos do mosaico de geodiversidade que caracteriza o nosso território. A geoconservação no Geoparque Açores inclui a monitorização sistemática destes geossítios, a adequação da sinalética, a criação e instalação de estruturas e equipamentos interpretativas, a capacitação e apoio a parceiros para a interpretação e respeito pela integridade do património geológico e a disseminação constante do seu valor em diferentes canais de comunicação. Estas ações asseguram um usufruto sustentado e enriquecedor, tanto para a comunidade local como para quem visita o território ? um equilíbrio entre uso e salvaguarda. Ser Geoparque Mundial da UNESCO significa integrar uma rede global que considera a geodiversidade como elemento estruturante da identidade natural e cultural do território, e o património geológico como um recurso não renovável, estratégico para o desenvolvimento sustentável e para a valorização do conhecimento e das comunidades locais.
No passado dia 12 de novembro, durante a Conferência Geral da UNESCO em Samarcanda, foi aprovada uma nova data comemorativa de interesse para o nosso território, O Dia Internacional das Grutas e Karsts - que passa a assinalar-se a 13 de setembro. Isto representa um reconhecimento internacional da importância deste vasto mundo subterrâneo que molda as paisagens, as histórias e também recursos vitais à saúde dos ecossistemas. A iniciativa foi apresentada à UNESCO pela República da Eslovénia, seguindo uma proposta da União Internacional de Espeleologia em estreita cooperação com a Comissão Nacional Eslovena para a UNESCO e a Delegação Permanente da Eslovénia junto da UNESCO. Os Karsts e as grutas ocupam cerca de um quarto da superfície terrestre e fornecem água potável a mais de mil milhões de pessoas. São a casa de uma biodiversidade única, são autênticos arquivos geológicos com enorme valor científico e detém um património cultural ímpar. Apesar disso, infelizmente continuam entre os ambientes naturais menos conhecidos e mais frágeis do planeta. Nos Açores estão identificadas mais de 300 grutas, a sua grande maioria com origem vulcânica, os tubos lávicos e os algares. O que apresenta um importantíssimo património espeleológico ? uma porta aberta para os quilómetros e quilómetros de magnificas estruturas geológicas e formas de vida muito peculiares.
A exposição 'LIFE IP CLIMAZ: Sensibilizar, Participar, Agir' patente no Viveiro Florestal de Espécies Autóctones, em São Brás, concelho da Praia da Vitória é coordenada pela Secretaria Regional do Ambiente e Ação Climática, no âmbito do projeto LIVE IP CLIMAZ. Destinada ao público em geral, escolas, universidades, associações, entidades públicas e privadas, a exposição apresenta as ações de mitigação e adaptação às alterações climáticas implementadas nos Açores. O objetivo é dar a conhecer estas iniciativas de forma clara e acessível, mostrando como o arquipélago enfrenta os desafios provocados pelas alterações nos padrões meteorológicos, pela subida do nível do mar, pelos eventos extremos e pelos impactos nos ecossistemas e nos recursos naturais. Os visitantes poderão explorar painéis interpretativos, maquetes representando situações reais, óculos de realidade virtual e outros recursos interativos que proporcionam uma experiência educativa e envolvente. Através destas ferramentas, é possível compreender de forma prática os impactos das alterações climáticas e conhecer as soluções que estão a ser aplicadas nos Açores, promovendo a reflexão sobre o papel de cada indivíduo e de cada comunidade na mitigação e adaptação. O projeto LIFE IP CLIMAZ integra ações estratégicas de conservação ambiental, planeamento territorial e gestão de riscos, trabalhando para proteger ecossistemas, reduzir a vulnerabilidade das comunidades e aumentar a resiliência face aos desafios climáticos. A exposição apresenta exemplos concretos destas ações, permitindo perceber o impacto real na vida das pessoas e na preservação dos recursos naturais. Em suma, a exposição itinerante 'LIFE IP CLIMAZ: Sensibilizar, Participar, Agir' oferece uma experiência educativa, informativa e inspiradora, que combina ciência, tecnologia e participação comunitária, com o objetivo de sensibilizar e mobilizar a sociedade açoriana para os desafios climáticos atuais e futuros.
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