Geoparque Açores em 5 minutos
A conservação geológica, a educação ambiental e o desenvolvimento sustentável do Geoparque Açores.
A conservação geológica, a educação ambiental e o desenvolvimento sustentável do Geoparque Açores.
Um dos pilares essenciais de qualquer Geoparque Mundial da UNESCO é a geoconservação. Este conceito traduz-se num conjunto de ações que visam conservar, valorizar e promover o património geológico ? que corresponde ao conjunto de elementos da geodiversidade que apresenta elevado valor científico, pedagógico, cultural ou paisagístico, e que por isso importa preservar. Nos Açores, este património está representado pelos geossítios, sítios com áreas bem definidas, que testemunham a história geológica do arquipélago e são representativos do mosaico de geodiversidade que caracteriza o nosso território. A geoconservação no Geoparque Açores inclui a monitorização sistemática destes geossítios, a adequação da sinalética, a criação e instalação de estruturas e equipamentos interpretativas, a capacitação e apoio a parceiros para a interpretação e respeito pela integridade do património geológico e a disseminação constante do seu valor em diferentes canais de comunicação. Estas ações asseguram um usufruto sustentado e enriquecedor, tanto para a comunidade local como para quem visita o território ? um equilíbrio entre uso e salvaguarda. Ser Geoparque Mundial da UNESCO significa integrar uma rede global que considera a geodiversidade como elemento estruturante da identidade natural e cultural do território, e o património geológico como um recurso não renovável, estratégico para o desenvolvimento sustentável e para a valorização do conhecimento e das comunidades locais.
No passado dia 12 de novembro, durante a Conferência Geral da UNESCO em Samarcanda, foi aprovada uma nova data comemorativa de interesse para o nosso território, O Dia Internacional das Grutas e Karsts - que passa a assinalar-se a 13 de setembro. Isto representa um reconhecimento internacional da importância deste vasto mundo subterrâneo que molda as paisagens, as histórias e também recursos vitais à saúde dos ecossistemas. A iniciativa foi apresentada à UNESCO pela República da Eslovénia, seguindo uma proposta da União Internacional de Espeleologia em estreita cooperação com a Comissão Nacional Eslovena para a UNESCO e a Delegação Permanente da Eslovénia junto da UNESCO. Os Karsts e as grutas ocupam cerca de um quarto da superfície terrestre e fornecem água potável a mais de mil milhões de pessoas. São a casa de uma biodiversidade única, são autênticos arquivos geológicos com enorme valor científico e detém um património cultural ímpar. Apesar disso, infelizmente continuam entre os ambientes naturais menos conhecidos e mais frágeis do planeta. Nos Açores estão identificadas mais de 300 grutas, a sua grande maioria com origem vulcânica, os tubos lávicos e os algares. O que apresenta um importantíssimo património espeleológico ? uma porta aberta para os quilómetros e quilómetros de magnificas estruturas geológicas e formas de vida muito peculiares.
A exposição 'LIFE IP CLIMAZ: Sensibilizar, Participar, Agir' patente no Viveiro Florestal de Espécies Autóctones, em São Brás, concelho da Praia da Vitória é coordenada pela Secretaria Regional do Ambiente e Ação Climática, no âmbito do projeto LIVE IP CLIMAZ. Destinada ao público em geral, escolas, universidades, associações, entidades públicas e privadas, a exposição apresenta as ações de mitigação e adaptação às alterações climáticas implementadas nos Açores. O objetivo é dar a conhecer estas iniciativas de forma clara e acessível, mostrando como o arquipélago enfrenta os desafios provocados pelas alterações nos padrões meteorológicos, pela subida do nível do mar, pelos eventos extremos e pelos impactos nos ecossistemas e nos recursos naturais. Os visitantes poderão explorar painéis interpretativos, maquetes representando situações reais, óculos de realidade virtual e outros recursos interativos que proporcionam uma experiência educativa e envolvente. Através destas ferramentas, é possível compreender de forma prática os impactos das alterações climáticas e conhecer as soluções que estão a ser aplicadas nos Açores, promovendo a reflexão sobre o papel de cada indivíduo e de cada comunidade na mitigação e adaptação. O projeto LIFE IP CLIMAZ integra ações estratégicas de conservação ambiental, planeamento territorial e gestão de riscos, trabalhando para proteger ecossistemas, reduzir a vulnerabilidade das comunidades e aumentar a resiliência face aos desafios climáticos. A exposição apresenta exemplos concretos destas ações, permitindo perceber o impacto real na vida das pessoas e na preservação dos recursos naturais. Em suma, a exposição itinerante 'LIFE IP CLIMAZ: Sensibilizar, Participar, Agir' oferece uma experiência educativa, informativa e inspiradora, que combina ciência, tecnologia e participação comunitária, com o objetivo de sensibilizar e mobilizar a sociedade açoriana para os desafios climáticos atuais e futuros.
O Plano Educativo do Geoparque Açores é desenhado para consolidar a consciência da importância da geodiversidade enquanto parte integrante da natureza; valorizar e proteger o património geológico e compreender os processos geológicos, processos naturais associados à dinâmica do planeta, que por vezes se manifestam com elevado risco associado - sismos e vulcões.
Nos meses de outubro e novembro, centenas de cagarros juvenis preparam-se para deixar as ilhas dos Açores e partir para a sua primeira grande viagem pelo Atlântico. Todos os anos, de 15 de outubro a 15 de novembro, decorre a Campanha SOS Cagarro, coordenada pela Direção Regional das Políticas Marítimas, com o apoio direto da Secretaria Regional do Ambiente e Ação Climática, e executada com a colaboração de todos os açorianos. Em 2025, a campanha celebra a sua 31.ª edição. Criada em 1995, é a mais antiga iniciativa de conservação ambiental dos Açores, envolvendo centenas de voluntários, escolas, escuteiros, associações e entidades locais - todos unidos num mesmo objetivo: salvar os cagarros juvenis desorientados pelas luzes artificiais. O cagarro, Calonectris borealis, é a ave marinha mais emblemática dos Açores e uma das mais antigas do planeta. Pertence à família das pardelas e passa a maior parte da sua vida no mar, e regressa a terra apenas para se reproduzir. Todos os anos, entre fevereiro e março, chegam de novo aos Açores vindos do Atlântico Sul. Instalam-se nas falésias, arribas e ilhéus de todas as ilhas, onde os casais - que costumam manter-se unidos por toda a vida - cuidam dos ninhos, incubam o único ovo e criam a sua cria. Durante o verão, é comum vê-los a planar durante horas sobre o oceano, ou reunidos em grandes grupos à superfície, as chamadas ?jangadas?. Alimentam-se de peixes, lulas e crustáceos, muitas vezes em associação com golfinhos e atuns, o que faz do seu comportamento no mar um verdadeiro indicador para os pescadores. Em outubro, as crias, já com cerca de três meses, abandonam o ninho e seguem o seu instinto natural rumo ao oceano aberto. Orientam-se pelas estrelas e iniciam a sua primeira grande viagem, percorrendo milhares de quilómetros pelo Atlântico. Contudo, a iluminação artificial pode desorientá-las. Muitas acabam por cair em zonas urbanas - ficam vulneráveis a predadores e atropelamentos. E é nesta altura que acontece a campanha SOS Cagarro. Centenas de voluntários percorrem as estradas e zonas costeiras das ilhas, ajudando os jovens cagarros a retomar o caminho para o mar. Os Açores albergam cerca de 75% da população mundial nidificante de cagarros, o que faz da nossa Região um verdadeiro santuário para esta ave marinha. A preservação dos cagarros é também uma forma de proteger o equilíbrio dos ecossistemas marinhos. A sua presença indica a saúde dos mares e o bom funcionamento da vida no Atlântico. Este ano, a importância do cagarro ganha ainda maior destaque a nível internacional: por proposta liderada pelo Governo dos Açores, a espécie foi reconhecida como novo bioindicador de poluição por plásticos flutuantes na Região V (Atlântico Alargado) da Convenção OSPAR, colocando o nosso território na linha da frente da monitorização do lixo marinho. A linha SOS Ambiente - 800 292 800 está disponível 24 horas por dia, gratuitamente, para apoiar qualquer cidadão no salvamento de cagarros.
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