
Geoparque Açores em 5 minutos
A conservação geológica, a educação ambiental e o desenvolvimento sustentável do Geoparque Açores.
A conservação geológica, a educação ambiental e o desenvolvimento sustentável do Geoparque Açores.
O Geoparque Açores participou no XVI Encontro Anual de Parceiros do Roteiro de Minas e Pontos de Interesse Mineiro e Geológico de Portugal, que aconteceu em Lisboa, no final de junho. Este encontro reuniu as instituições e entidades parceiras do Roteiro e foi organizado pela Direção-Geral de Energia e Geologia, a Empresa de Desenvolvimento Mineiro, S.A., Laboratório Nacional de Energia e Geologia, do Museu Nacional de História Natural e da Ciência e dos Museus de Geociências do Instituto Superior Técnico de Lisboa. O Roteiro das Minas e Pontos de Interesse Mineiro e Geológico de Portugal tem como objetivo valorizar e promover o património mineiro e geológico do país, através da criação de redes colaborativas entre museus, centros de ciência, geoparques, câmaras municipais e outras entidades gestoras de locais com interesse geológico. O programa do encontro incluiu apresentações sobre a exploração e organização de fontes de informação científicas e históricas, a partilha de projetos recentes e planos futuros desenvolvidos pelos parceiros, além de visitas a museus e laboratórios ligados à geologia, culminando num passeio geológico pelo centro histórico de Lisboa para explorar a ligação entre geologia e património urbano. O evento contou com a presença de cinco dos seis geoparques portugueses reconhecidos pela UNESCO ? Naturtejo, Arouca, Estrela, Oeste e Açores ? que reforçaram o papel dos geoparques na valorização do território, na educação para a sustentabilidade e na conservação do património geológico. Estes encontros são fundamentais para o fortalecimento das redes de cooperação entre parceiros, permitindo a partilha de experiências, o planeamento conjunto de atividades e a promoção de uma estratégia comum para a divulgação do património geológico nacional, tanto a nível educativo como turístico.
'Hoje Quem Manda Sou Eu!' é uma iniciativa da Rede de Centros Ciência Viva que promove uma troca de cadeiras na direção dos Centros Ciência Viva. Esta iniciativa aconteceu em todo o país de 26 a 28 de junho, com os diretores de todos os centros Ciência Viva a trocarem de posto. Foi novidade este ano a integração do Centro de Interpretação do Vulcão dos Capelinhos (delegação de ilha do Geoparque Açores) nesta rede de centros, coordenada pela Secretaria Regional do Ambiente e Ação Climática. Este projeto reforça o espírito de colaboração entre centros Ciência Viva, valoriza a ciência feita em diferentes contextos territoriais e mostra como a partilha de experiências pode inspirar novas formas de comunicar, educar e envolver as populações no conhecimento e na preservação do seu património.
A geopaisagem Graben de Pedro Miguel ocupa a parte oriental da ilha do Faial e caracteriza-se por um relevo em degraus, aos socalcos, que é resultado da atuação de falhas distensivas, blocos da crosta que se afastam e que provocam o abatimento dos blocos centrais daí surgirem diversos patamares abatidos, como aquele em que se insere a freguesia de Pedro Miguel; e outros patamares elevados, que correspondem às escarpas de falha e que assumem o nome de Lomba, como é o caso da Lomba Grande, por exemplo. A Lomba Grande é uma Área Protegida para a Gestão de Habitats ou Espécies do Parque Natural da ilha do Faial, que inclui os Charcos de Pedro Miguel, onde diferentes aves migratórias se recolhem para descansar das suas grandes viagens. Do miradouro da Espalamaca temos uma boa panorâmica para este geossítio, no entanto, sem dúvida que a melhor vista para esta estrutura, e aquela que nos permite perceber o relevo em socalcos, é sem dúvida a vista de barco, no canal Faial - Pico. Está incluída neste geossítio a Praia do Almoxarife e ainda as ruínas do Farol da Ribeirinha, importante testemunho do sismo que atingiu Faial Pico e São Jorge a 9 de julho de 1998. O Graben de Pedro Miguel é uma das mais importantes estruturas tectónicas dos Açores, um geossítio de relevância nacional do Açores Geoparque Mundial da UNESCO.
Nesta altura do ano, a maioria das pessoas está mais disponível para passear, explorar e descobrir o território - aqueles que nos visitam, mas também nós, açorianos, tendemos cada vez mais a usufruir e apreciar o nosso património natural, e estamos também mais despertos para o seu valor. Quando nos aventuramos e partimos à descoberta dos nossos geossítios, percebemos que grande parte deles são costeiros e que muitos integram belíssimas zonas balneares. Sejam praias de areia ou de calhau, sejam calhetas (pequeno pedaço de mar que se encontra separado por um estreito de terra) ou zonas mais exóticas, como a cratera de um vulcão submarino, como é o caso do ilhéu de Vila Franca do Campo, são muito variadas as opções disponíveis para um bom mergulho no oceano Atlântico. Outra opção é caminhar pelos percursos pedestres disponíveis em todas as ilhas. Também eles convidam à descoberta das nossas geopaisagens: caminhar pelas cumeeiras descer às caldeiras de grandes vulcões, atravessar cordilheiras vulcânicas compostas por vários pequenos cones vulcânicos, passear em jazidas fósseis e em rochas que se formaram no fundo do oceano há milhares de anos atrás, contemplar lagoas e cascatas, ou apenas deslumbrar-se com o pôr do sol nas nossas magníficas arribas costeiras. Muitos dos pontos de interesse estão preparados com equipamentos interpretativos, para um conhecimento mais aprofundado. Além da rica geodiversidade, o usufruto das paisagens açorianas permite também a descoberta de uma rica biodiversidade e de um património cultural único. Convidamos todos os açorianos e também aqueles que nos visitam a descobrir o rico património cultural açoriano com uma visita à rede regional de museus, talvez aproveitando as horas de maior calor. Por fim, convidamos também a conhecer a rede de parceiros do nosso geoparque - procurem as atividades de natureza, há para todos os gostos: umas mais radicais, como nadar com grandes cetáceos ou o canyoning, outras mais suaves, como o pedestrianismo ou tours guiados em viaturas ou mesmo a cavalo. Degustar a gastronomia regional - cada prato conta uma história. Há muito por descobrir no Geoparque Açores. Guardem boas memórias e vivam, neste verão 'erupções... de sabores, aromas e experiências'.
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