Dois casos em três dias alteraram o rumo dos Açores.
O confinamento começou a 20 de março e a Autoridade de Saúde Regional passou a entrar diariamente pela casa dos açorianos. Criaram-se linhas de apoio e recriou-se o sistema de saúde.
As ilhas ficaram isoladas. Só não totalmente por causa da continuidade territorial que criou um braço de ferro entre poderes.
Os que foram chegando à região ficaram em quarentena domiciliária e depois em hotéis.
As escolas fecharam e mais de meio século depois a telescola voltou a ser uma realidade na região e no país.
Comércio, restaurantes, bares refugiaram-se nas entregas ao domicílio para sobreviver à crise.
A Povoação ficou isolada e depois o resto da ilha. A 8 de abril registou-se a primeira morte.
Os números de infeção cresceram. Atingiram os 22 num só dia, a 18 de abril.
Todas as ilhas à exceção do Corvo e Santa Maria registaram casos de infeção.
As quarentenas deixaram-se de ser obrigatórias em hotéis depois de um pedido de Habeas Corpus feito a 13 de maio.
Os Açores foram a primeira região do país a ficar sem casos. A região esteve sem novos casos durante quase um mês: de 19 de maio a 10 de junho.
RTP/Açores