Com lotação esgotada a cerca de um mês do certame – que acontece entre 09 e 13 de abril -, a organização apresentou hoje, no plano dos concertos, Hailu Mergia, Yin Yin e Fumaça Preta, e confirmou ainda a presença de uma companhia polaca – Instytut B61 – para a apresentação de uma "peça-performance imersiva que ocupará um espaço mistério da ilha de São Miguel".
Luís Banrezes e António Pedro Lopes, programadores e diretores do Tremor, apresentaram hoje à imprensa e convidados a próxima edição do certame, com o primeiro a garantir que "a melhor banda é os Açores", e o segundo, no mesmo registo, a valorizar a pertença do Tremor ao arquipélago, mesmo que 40% dos bilhetes vendidos tenham sido a espectadores de fora da ilha.
O Tremor apresenta este ano uma programação que ocupa salas de espetáculo e espaços informais de Ponta Delgada e Ribeira Grande, acrescentando ainda uma dezena de residências artísticas, exposições, e atividades para crianças, o Mini-Tremor.
A diretora regional da Cultura, Susana Goulart Costa, destacou o evento pelas suas mais-valias "culturais e artísticas", misturando o "amadorismo" de intervenientes locais, menos dados a apresentações públicas de obras, com o "profissionalismo" da organização e da maioria dos nomes do festival.
Já a vereadora com a pasta da Cultura na Câmara Municipal de Ponta Delgada, Maria José Duarte, demonstrou "orgulho" pelo evoluir do festival, lembrando que este, que sempre teve Ponta Delgada como "berço", é apoiado desde a primeira edição pela autarquia.
O alinhamento do Tremor inclui, entre muitos outros, Bulimundo, Colin Stetson, ZA!, Moon Duo, Jacco Gardner, Pop Dell’Arte, Grails, Lula Pena, Haley Heynderickx, Lafawndah, Cave, CZN, The Sunflowers, Trans Van Santos, além das residências artísticas e colaborações de Ondamarela + Escola de Música de Rabo de Peixe + ASISM; ZA! + Despensas de Rabo de Peixe + Rubén Monfort; Diogo Lima + LBC; dB + Balada Brassado; Pedro Lucas + WE SEA; e Cristóvão Ferreira + Tupperwear.
Porque o cartaz de um festival "não se faz sem dança e festa, as noites do evento" estarão entregues às mãos de DJ como Odete, MCZO & DUKE, La Flama Blanca feat. ZÉFYRE ou Zuga 73 + Tape + Nex.
Este ano, o Tremor pretende reforçar a aposta na "criação de momentos musicais que recontextualizem, divulguem e integrem a herança e história açoriana", havendo uma maior aposta "no trabalho de residências artísticas com a comunidade" local, diz a organização.
Na edição de 2018 do festival, houve espaço para experiências como, por exemplo, uma atuação dos brasileiros Boogarins na ilha de Santa Maria, tendo também marcado presença no evento nomes como Liima, Dead Combo, Três Tristes Tigres ou The Parkinsons.