O dirigente socialista declarou à Lusa, à saída de um encontro com a Autoridade Regional de Saúde que visava abordar os procedimentos a adotar na campanha eleitoral, que o desafio é "concertar o dever e obrigação que os responsáveis políticos têm de transmitir o seu programa, ao mesmo tempo que garantem a segurança das pessoas com quem contactam".
Para o socialista açoriano, face ao cenário de pandemia da covid-19, o partido "tem de ter a capacidade de se reinventar" através de uma aposta de comunicação nas redes sociais.
Os socialistas querem potenciar os meios tecnológicos disponíveis para promover uma comunicação "muita direta e direcionada para o cidadão", apostando na interatividade, a par da aposta nos órgãos de comunicação social.
No contacto de rua, o PS/Açores vai "circunscrever-se a pequenos momentos", a visitas com "regras muito claras", através de pequenos grupos que vão "cumprir as normas de distanciamento social", com "a utilização permanente de máscara", entre outras.
Francisco César refere que a campanha eleitoral "vai ser diferente, mais imaginativa e próxima dos cidadãos", estando convicto de que se vai poupar financeiramente em relação a atos eleitorais anteriores.
Os açorianos vão ser chamados às urnas em outubro para elegerem a nova composição da Assembleia Legislativa Regional, num arquipélago em que o PS governa há 24 anos.
Vasco Cordeiro, líder do PS/Açores e presidente do Governo Regional desde as legislativas regionais de 2012, após a saída de Carlos César, que esteve 16 anos no poder, apresenta-se de novo a votos para tentar um terceiro e último mandato como chefe do executivo.
Antes dos socialistas, os sociais-democratas governaram durante 20 anos a região.
Nas anteriores legislativas açorianas, em 2016, o PS venceu as eleições com 46,4% dos votos, o que se traduziu em 30 mandatos no parlamento regional, contra 30,89% do segundo partido mais votado, o PSD, com 19 mandatos, e 7,1% do CDS-PP (quatro mandatos).
As outras forças políticas representadas na Assembleia Legislativa foram o BE, com 3,6% (dois mandatos), a coligação PCP/PEV, com 2,6% (um), e o PPM, com 0,93% dos votos expressos (um).
No mais recente ato eleitoral, para as legislativas nacionais de 2019, estavam recenseados e aptos a votar nos Açores 228.975 eleitores.
Os Açores mantêm um total de 179 casos de infeção pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, que causa a doença covid-19, verificando-se, atualmente, 19 casos positivos ativos, todos eles na ilha de São Miguel.
Desde o início da pandemia já foram registadas na região 16 mortes por infeção pelo novo coronavírus SARS-CoV-2.